A falta de compromisso e diálogo é o legado do prefeito, Carlos Amastha, junto aos servidores municipais de Palmas. Ao renunciar, nesta terça-feira, 03, Amastha deixa direitos atrasados e a paralização das instâncias de negociação com as instituições representantes de classe. O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Palmas (Sisemp), vê na nova prefeita, Cinthia Ribeiro, a esperança de dias melhores.
Progressões com mais de 02 anos de atraso, data-base de 2017 ainda não concluída, insalubridade, periculosidade, equiparações salariais, não pagamento do Programa de Qualidade da Atenção Básica, são alguns dos direitos dos servidores municipais que estão sendo deixados pendentes pela gestão Amastha.
Há ainda o passivo junto ao Instituto de Previdência de Palmas (Previpalmas), que enfrentou uma administração nebulosa, com a realização de investimentos questionáveis e de manobras para tirar o Sisemp do Conselho Municipal de Previdência, e assim evitar questionamentos.
Até mesmo os Programas que Amastha instituiu não foram cumpridos, a exemplo do Carreira Justa, que tinha o objetivo de corrigir distorções nas carreiras do município, bem como o programa de Bonificação por Mérito, o Superah, que já está há 03 semestres sem realizar o pagamento.
Outra medida truculenta da gestão Amastha, foi às suspensões de férias. Duas suspensões oficiais, e mais de seis meses sem conceder férias, mesmo sem portaria de suspensão. O mais grave foi que, quando cobrado pela não concessão das férias, o Prefeito obrigou os servidores com direito ao benefício a tirá-las em uma única data, sem planejamento prévio e com atraso no pagamento do adicional.
Além destas questões, as reuniões da Câmara de Recursos Humanos (RH), espaço permanente de negociação, foram canceladas. “O prefeito Amastha, a partir do momento em que começou a ser confrontado pelas Instituições Sindicais suspendeu as negociações e lançou mão de velhas práticas, como a perseguição ao Sisemp, que em 2017 não recebeu a contribuição sindical, mesmo esta ainda estando assegurada pela legislação trabalhista, uma vez que a reforma só começou a valer para 2018”, informa o presidente do Sisemp, Heguel Albuquerque.
Esperança
Em razão de todas as questões relacionadas, o Sisemp vê a saída de Amastha como um suspiro de esperança para a retomada do diálogo e respeito aos servidores. “Nós acreditamos que a Prefeita Cinthia Ribeiro pode trazer na sua gestão a marca do diálogo e respeito aos compromissos e direitos dos servidores, que são também responsáveis em transformar nossa cidade em uma cidade melhor para todos”, frisa Albuquerque.
22 de Novembro de 2024 às 09:11