Sisemp lança campanha contra a Reforma Administrativa

A Proposta de Emenda Constitucional 32, PEC da Reforma Administrativa, se aprovada consolidará a perda dos direitos dos servidores e a precarização dos servido públicos.
26/04/2021 26/04/2021 09:55 1433 visualizações

 

O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Palmas (Sisemp), lança nesta segunda-feira, 26, a campanha “Diga Não à Reforma Administrativa”, uma ação contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) nº 32/2020, que, sob a justificativa de economia dos recursos, propõe a precarização dos serviços públicos e perdas de direitos dos servidores. 

A PEC 32 afetará diretamente todos os servidores públicos civis dos municípios, estados e governo federal, principalmente com a ampliação das contratações sem concurso público e fim da estabilidade. Uma das justificativas do governo para votar a favor da PEC é a de que o poder público gasta muito com recursos humanos, sendo será necessário reduzir o número de servidores, pois recebem altos salários.

Levantamento feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), mostra que 53,1% dos(as) trabalhadores(as) do serviço público de saúde, assistência social, educação, serviços e administrativo, ganham até quatro salários-mínimos (R$ 4.180,00). Mas, a reforma administrativa mantém privilégios e salários daqueles que formam o topo do poder e mais impactam no orçamento público: parlamentares, ministros de tribunais superiores, juízes, desembargadores, promotores e procuradores.

A Pec 32 também aumenta a permissão para a contratação de terceirizados, criando uma figura precária de servidor, além do ingresso maior de apadrinhados políticos mais suscetíveis à corrupção por meio da famosa rachadinha. “Sem estabilidade, o servidor, por medo de perder o emprego, fica sujeito a acatar qualquer ordem. Isso facilita o desvio de recursos públicos, já que, se o servidor discordar ou denunciar, poderá ser demitido”, ressalta o presidente do Sisemp, Heguel Albuquerque.

Outra questão apontada por Albuquerque é que o fim da estabilidade dos servidores. Esta atrapalha a continuidade de políticas e serviços públicos, principalmente aqueles voltados à população mais pobre, como saúde, educação e assistência social, uma vez que além da redução ainda maior do quadro de pessoal, possibilita a troca contínua dessas pessoas. 

“Mesmo com as mudanças de governo, perdas de direitos e sucateamento das instituições, os servidores públicos lutam para manter serviços essenciais para a população. A precarização do serviço público atinge a todos, pois deixa os servidores reféns dos interesses políticos”, conclui Albuquerque.

 

Participe

Diga não à PEC 32 e contribua com a divulgação da nossa campanha compartilhando o vídeo nas redes sociais e grupos de whatsapp. Você também pode pedir um psicionamento dos parlamentares representantes do Tocantins no Congresso Nacional. A Reforma Administrativa é ruim para o servidor e péssima para o País. 

Veja o vídeo da campanha clicando AQUI.